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Sobre-excitabilidades: Formas e Expressões de Sobre-excitabilidade segundo Piechowski
“PSICOMOTORA
Excedente de energia
fala rápida, excitação acentuada, atividade física intensa (por exemplo, jogos e esportes rápidos), pressão para ação (por exemplo, organização), competitividade acentuada
Expressão psicomotora de tensão emocional
conversa e tagarelice compulsivas, ações impulsivas, hábitos nervosos (tiques, roer unhas), vício em trabalho, ação impulsiva que expressa emoções ou conflitos inconscientes
SENSUAL
Maior prazer sensorial e estético
ver, cheirar, provar, tocar, ouvir, deliciar-se com belos objetos, sons de palavras, música, forma, cor, equilíbrio
Expressão sensual de tensão emocional
comer demais, excesso de indulgência sexual, farras de compras, querer estar no centro das atenções
INTELECTUAL
Atividade intensificada da mente
Curiosidade, concentração, capacidade para esforço intelectual sustentado, leitura ávida, observação aguçada, recordação visual detalhada, planejamento detalhado
Propensão para sondar questões e resolver problemas
busca pela verdade e compreensão, formação de novos conceitos, tenacidade na resolução de problemas
Pensamento reflexivo
pensar sobre pensar, amor pela teoria e análise, preocupação com lógica, pensamento moral, introspecção (mas sem auto-julgamento), integração conceitual e intuitiva, independência de pensamento (às vezes muito crítico)
IMAGINATIVA
Jogo livre da imaginação
uso frequente de imagem e metáfora, facilidade para invenção e fantasia, facilidade para visualização detalhada, percepção poética e dramática, pensamento animista e mágico
Capacidade de viver num mundo de fantasia
predileção por magia e contos de fadas, criação de mundos privados, companheiros imaginários, dramatização
Imagens espontâneas como expressão de tensão emocional
imagens animistas, mistura de verdade e ficção, elaborar sonhos, ilusões
Baixa tolerância ao tédio
necessidade de novidade e variedade
EMOCIONAL
Sentimentos e emoções intensificados
sentimentos positivos, sentimentos negativos, emoções extremas, emoções e sentimentos complexos, identificação com os sentimentos dos outros, consciência de toda uma gama de sentimentos
Expressões somáticas fortes
estômago tenso, coração apertado, rubor, coração acelerado, palmas das mãos suadas
Expressões afetivas fortes
inibição (timidez), entusiasmo, êxtase, euforia, orgulho, forte memória afetiva, vergonha, sentimentos de irrealidade, medos e ansiedades, sentimentos de culpa, preocupação com a morte, ânimo depressivo e suicida
Capacidade para apegos fortes, relacionamentos profundos
fortes laços emocionais e apegos a pessoas, seres vivos, lugares, apegos a animais, dificuldade de adaptação a novos ambientes, compaixão, responsividade aos outros, sensibilidade nos relacionamentos, solidão
Sentimentos bem diferenciados em relação a si mesmo
diálogo interno e auto-julgamento” (Piechowski, 1999, conforme citado por Daniels & Piechowski, 2009, p. 10-11, tradução de Filipe Russo).
REFERÊNCIA
Daniels, Susan; Piechowski, Michael. (2009). Living with intensity: emotional development of gifted children, adolescents, and adults. Scottsdale: Great Potential Press, Inc.
Publicado em Sobre-excitabilidades
Marcado com Dabrowski, Piechowski, teoria da desintegração positiva
1 Comentário
História: Infra-dotado X Superdotado segundo Daniel Antipoff
O Infra-dotado | O Superdotado |
---|---|
a) Exige repetições | a) Rejeita Repetição. Quer novidades |
b) Prefere atividades práticas | b) Prefere atividades intelectuais, pensa no futuro |
c) Pede ajuda | c) Mostra independência, senso de iniciativa |
d) Só trabalha bem em grupo pequeno | d) Prefere o trabalho individual |
e) Aprecia o professor atencioso | e) Prefere professores cultos |
f) Preferível é o sistema autoritário | f) Evita ordens; sugerir apenas |
g) Só produz em classe pequena | g) Aceita classe grande e cheia |
h) Brinca com menores que ele | h) Aproxima-se dos mais velhos |
(Antipoff, 1999, p. 156)
REFERÊNCIA
Antipoff, Daniel. (1999). Excepcionais e Talentosos – Os Escolhidos. Belo Horizonte: Lastro Editora.
Identificação: Superdotades em Sub-rendimento na Sala de Aula
(1) Identificação de discrepâncias entre habilidades cognitivas expressas na formulação de perguntas e hipóteses—e desempenho escolar normal no cumprimento de tarefas, lições de casa e testes.
(2) Identificação de grandes diferenças entre conhecimento geral e específico derivado de leituras extensivas em casa e fracasso em completar tarefas de leitura na escola.
(3) Comparação entre o investimento em interesses amplos fora da escola e o mínimo esforço investido em projetos escolares.
(4) Avaliação combinada discente e docente sobre suas forças e fraquezas acadêmicas, escolhas acadêmicas pessoais e esforço investido em diferentes disciplinas.
(5) Consulta aos responsáveis legais, professores prévios e equipe profissional na escola, sobre os hábitos de aprendizagem e o comportamento social estudantil. Uma queda no desempenho escolástico de aproximadamente dois anos indica um sub-rendimento estudantil (Butler-Por, 1993, p. 651, tradução de Filipe Russo).
Referência
Butler-Por, Nava. (1993). Underachieving Gifted Students [Estudantes Superdotades em Sub-rendimento]. Em K. A., Heller, F. J., Mönks, A. H. Passow, (Eds.), International handbook of research and development of giftedness and talent [Livro base internacional de pesquisa e desenvolvimento da superdotação e do talento] (pp. 649-668). London: Pergamon Press.
Publicado em Identificação
Marcado com gifted underachiever, sub-rendimento, underachievement
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Relato Pessoal: Everton dos Santos Borges
Eu, Superdotado?
Há poucos meses recebi o Laudo afirmando que tenho Altas Habilidades ou Superdotação. Não foi fácil aceitar. Nunca me achei com tanta inteligência, pelo contrário, a cada descoberta eu me sentia menos entendedor.
Todas as vezes que me encontrava com um serralheiro e procurava aprender um pouco de seu ofício, via que não sabia nada de como labutar com os ferros e acontecia o mesmo ao me encontrar com pedreiros, carpinteiros, médicos, psicólogos, teólogos e outros profissionais.
Ao contemplar a sabedoria de cada ser humano, eu via como precisava aprender.
Sempre me encantei pelas profissões, admiro do pedreiro que constrói casas aos astronautas, digo isso com sinceridade. Quem me conhece sabe o quanto eu gosto de perguntar a cada um sobre sua missão. Gosto de aprender.
Mas, nem tudo são flores, sempre tive incertezas. Desconfio de mim, dos meus dotes, até mesmo nos assuntos em que me aprofundo.
No meu cérebro parece haver um enorme universo que aparenta ser infinito. Gerando incompreensões sobre mim e os outros, unido à sensação de que o mundo é muito mais do que ostenta ser.
Como parecem sábios os que olham para o homem e o Universo sem ser incomodado e impactado por sua complexidade! Como, muitas vezes para esses, são fúteis os pensamentos dos que enxergam além do que se vê.
Perguntei a um dos meus terapeutas quais são as semelhanças entre os superdotados que ele assiste; Dr. Juan me respondeu que fazemos muitas perguntas e que sabemos, mas achamos que não sabemos. Ele tem uma forma simples e clara de explicar as coisas, o que facilita.
De fato, essa é uma das piores sensações. Ao não me ajustar no mundo, me via como uma pessoa errada, minha vida sempre foi uma assincronia.
Tentava me ajustar e, quando não conseguia, ficava irritado comigo mesmo, feria e era ferido. Depois vinha o arrependimento e a tristeza de um pensamento que me acusa toda vez que erro e que cobra de mim uma perfeição a cada instante da minha vida.
Sim, o preciosismo. O achar que não me doei o bastante, que não fui bom o suficiente e que preciso melhorar é desgastante.
Unido a tudo isso, vem a hipersensibilidade. Sentir o mundo de uma maneira diferente através dos cincos sentidos. Assim, o barulho se torna mais alto, o frio e calor mais intensos, os sabores mais acentuados, os cheiros mais fortes. Sem falar nos sentidos que transcendem o conhecimento científico.
Imagine passar a vida com todas essas divergências sem saber que és diferente. A todo instante, o desejo de ser uma pessoa melhor, mas diante de tanto desajuste, consequente e constantemente, vem os erros como explosões, incompreensões, incertezas, dores e muitos outros. Tudo isso causava acusações, mas as piores não eram as externas e sim as internas.
Incompreendido na escola, aquela mente que poderia galgar altas colinas, passa a se esconder e se achar um nada com a triste sensação de inferioridade e o pior, o que mais doía, era, como disse o meu terapeuta, saber que eu sabia. Mas, é difícil apresentar o “verde onde enxergam o amarelo”. E quando, por vezes insistia, era colocado como um arrogante ou me perguntavam pela referência. Que referência? Isso saiu da minha cabeça, li, estudei e sei lá, de uma hora para outra veio as conclusões.
Mas, por não ter referências, muitas vezes me achava um manipulador. No ensino superior, principalmente na Filosofia, me dei bem. Aprendi a procurar referências que dessem razão para os meus pensamentos. Revelo agora que eu pensava e procurava embasamento. Tem dado certo.
Sou padre Católico e digo, unido à minha família, a religião me salvou. Ela me ligou ao transcendente. Sim, em Deus meu cérebro encontrou descanso, a meditação me acalma e me faz chegar às alturas do universo através da contemplação.
Faço esse texto admirando um lindo lago e esperando pelo pôr do sol. Hoje, começo a compreender que Altas Habilidades ou Superdotação não é somente questão de inteligência, todavia é um jeito de ser, de existir, um modo diferente de ver e sentir o Universo.
A hipersensibilidade que tanto me atrapalhou, hoje compreendida, me faz sentir a brisa suave, o cantar dos pássaros, o movimento das águas e o quanto tudo isso é belo.
Que o meu Criador me leve ao mais belo que esse mundo pode dar e que me oriente à Sua Vontade. Como me diz a Adriana Mendonça, o que eu estou vivendo é apenas o começo.
Descaso: Diferenciação Precoce & Reconhecimento Tardio
Este ensaio eu vou começar de uma forma diferente da de costume.
Antes de definir o que eu estou entendendo e buscando propor enquanto diferenciação precoce e reconhecimento tardio, eu irei explicar porque a imagem acima intitulada “Transtorno do Espectro Autista (TEA) nível 1 de suporte” foi escolhida para ser a capa deste ensaio.
A referida imagem muito me agrada, pois apresenta uma pessoa com o olhar cabisbaixo, o qual é uma ótima forma de representar o olhar distante e compenetrado, sonhador e interiorizado que eu costumo ter no meu dia a dia e mesmo em apresentações ou conversas, onde eu abstraio boa parte do ambiente e da audiência e foco majoritariamente nas minhas próprias ideias, palavras, falas e performances.
A referida imagem muito me agrada, pois apresenta um monte de peças irregulares de quebra-cabeça se acumulando ao redor do personagem, caindo das paredes, se desprendendo da sua roupa, corpo e rosto. Aqui tenho dois motivos. O primeiro diz respeito a como o símbolo “capacitista” do autismo foi ressignificado para elementos mais complexos, seja pelas tonalidades sóbrias em bege, marrom e cinza azulado, seja pelo formato “poroso” das peças irregulares, as quais não necessariamente se encaixam sem deixar vãos entre si e parecem se ocupar mais de representar a nossa natureza especializada, a partir da qual delineamos roteiros de sobrevivência e de tolerância a estímulos intensamente aversivos. O segundo motivo diz respeito a como recortamos a realidade por meio de contornos categóricos, para torná-la mais administrável e que mesmo juntando todas essas figuras encaixáveis, abstratas e colecionáveis, ainda nos deparamos com inconsistências e vazios não categorizáveis, nossa natureza administrativa tenta dar conta dos fenômenos ao nosso redor, mas sempre haverá mais complexidade tanto interna quanto externa do que se consegue contornar, circunscrever e gerir.
A referida imagem muito me agrada, pois representa ume jovem adulte cabisbaixe, administrando a (o) sua (seu) própria (o) (quebra-)cabeça, sua visão fraturada e organizacional do mundo incomensurável e desconhecido. As peças irregulares demarcam até onde conseguimos organizar a nossa própria vida sem o auxílio de pessoas da nossa rede de apoio a nos ofertar o suporte do qual necessitamos. Nós podemos organizar, aprender e construir padrões e estruturas formais como ninguém, eis os nossos talentos autísticos, mas mal conseguimos viver fora do nosso mundo interior sem asfixiar aos poucos e aos muitos precisar de apoio urgentemente, de alívio antes que a tensão evolua para sobrecarga e esta evolua para crise.
Agora, vamos falar de diferenciação precoce e reconhecimento tardio.
Aos 7, 8 anos de idade eu me auto-identifiquei retardado mental por ser a única categoria de neurodivergência que eu conhecia à época e nem sequer nestes segundos termos de entendimento eu organizava minha vida psíquica, mas o fato é que eu me sentia profundamente diferente das outras crianças e hoje em dia me sinto ainda mais das outras pessoas adultas. Ainda, uma amiga de minha mãe ao ver meu comportamento altamente fantasioso, imaginativo e solitário durante uma festa de aniversário até mesmo levantou uma breve hipótese de eu ser autista, daí minha mãe me parou e perguntou se eu estava falando com alguém ao andar em círculos balbuciando frases soltas, ao que respondi que eu estava falando sozinho, que eu criava mundos inteiros na minha imaginação vívida e interagia lá dentro, algo que faço até os dias de hoje, seja fantasiando futuros possíveis, seja imaginando obras de arte e artigos científicos ou simplesmente as tantas formas como algo pode dar errado. Daí, eu batalhei horrores para conseguir minha identificação de altas habilidades ou superdotação (AHSD) aos 16 anos de idade, depois de ter atravessado o inferno da cultura manicomial brasileira e paulista. Eis minha diferenciação precoce.
Só aos 32 anos de idade, novamente por iniciativa própria que passei pela minha primeira avaliação neuropsicológica, a qual incluiu o famigerado teste de QI, o qual realizei pela segunda vez, a primeira havia sido pela Mensa alguns anos atrás, apesar de serem modalidades diferentes da mesma dita mensuração. Após o recebimento do laudo psicológico atestando que eu tenho transtorno do espectro autista (TEA) nível 1 de suporte, eu ainda precisava de um laudo médico, psiquiátrico ou neurológico para poder acessar as políticas públicas destinadas à minha subpopulação. O primeiro psiquiatria que eu fui quis invalidar meu laudo neuropsicológico nos primeiros 15 minutos de consulta, alegando um suposto TDAH e ainda praticando extensa violência terapêutica, algo pelo qual eu já tinha avisado que havia sofrido muito na adolescência e que era justamente o motivo pelo qual eu não fazia mais acompanhamento psiquiátrico há mais de década. Isso me feriu bastante. Demorei meses para conseguir ir em outra consulta psiquiátrica e eu ainda precisava do laudo médico. Esse mês consegui reunir forças e fui numa psiquiatria até então desconhecida, sem recomendações de ninguém, as recomendações anteriores sempre me vieram com alguma forma de ônus. Ela não só reconheceu meu autismo num misto de avaliação clínica e avaliação documental, como levou a sério minha dor crônica de mais de 20 anos enquanto fenômeno reumatológico e comórbido ao TEA. Assim começa minha busca por melhores condições de saúde física, mental, emocional e sensorial, aos 33 anos de idade, depois de mais de década advogando pelos direitos das pessoas com AHSD. Todos esses anos sem suporte para uma, nem para outra condição, atravessei infância e adolescência, escola e universidade sem o devido apoio, assim como inúmeras tentativas de suicídio. Eis o meu reconhecimento tardio.
Publicado em Descaso
Marcado com AHSD, altas habilidades ou superdotação, autismo, dupla condição, filipe russo, TEA
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Publi: Grupo de Estudos sobre Análise do Comportamento
ESTRUTURA DO GRUPO DE ESTUDOS
- Encontros mensais de 2 horas, sempre às quintas-feiras, de 19h às 21h
- 100% on-line
- Livro Base: Compreender o behaviorismo: comportamento, cultura e evolução
- Público alvo: qualquer pessoa interessada no tema
- Valor: 50,00 por encontro
- Carga horária total de 8 horas
- Com emissão de certificado
- Possibilidade de participação em todos os encontros ou em encontros avulsos
- Número mínimo para confirmar o início: 5 pessoas
DINÂMICA
Como funcionará?
A cada encontro a coordenadora do grupo apresentará os conceitos mais importantes trazidos em cada capítulo do livro.
O material será disponibilizado a todos os participantes com antecedência para que possam acompanhar as discussões.
Não serão aulas, os slides servirão para guiar a discussão e é ideal que os membros do grupo leiam o capítulo discutido para que as discussões sejam frutíferas.
Link de inscrição: https://forms.gle/RdVZg8cf5bZxgMG19
Link de pagamento de todos os encontros – R$ 200,00: https://pay.infinitepay.io/abatedi/200,00
Para pagamento de um único encontro – R$ 50,00: PIX para 31.273.826/0001-58
Dúvidas: (96) 981310216
COORDENAÇÃO
Me. Oriana Comesanha e Silva
Psicóloga, Neuropsicóloga, Analista do Comporamento certificada pela ABPMC e IBAO. Possui Especialização em Terapia Comportamental e Neuropsicologia. Possui Mestrado em Teoria e Pesquisa do Comportamento.
Tem mais de 13 anos de experiência com psicologia Experimental e Aplicada, principalmente na intervenção com pessoas com TEA.
BIBLIOGRAFIA
Compreender o behaviorismo: comportamento, cultura e evolução. 3.ed Porto Alegre: ARTMED, 2019, 306 p. ISBN: 978-85-8271-523-9
Publicado em Publi
Marcado com análise do comportamento, grupo de estudos, oriana comesanha, publicidade
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Publi: Grupo de estudos sobre Altas Habilidades ou Superdotação pelo Instituto Neurodiversidade
CHAMADA
Iniciou-se essa semana a pré-venda do Grupo de Estudos sobre Altas Habilidades / Superdotação (GEAHSD)!
Serão 9 pares de aulas gravadas em vídeo e encontros virtuais ao vivo para a interação, trocas e debates entre docentes e discentes, mais 3 aulas extras, totalizando 21 momentos de aprendizagem promovidos pelo Instituto Neurodiversidade.
As aulas têm opção de ativar legendas, para favorecer a acessibilidade e ficarão disponíveis por 2 anos. Então, se você não pode estar ao vivo na hora do encontro, não se preocupe! Você poderá acessar todo o conteúdo e enviar suas dúvidas e comentários por chat.
Ao final do grupo de estudos, você receberá um certificado de 100 horas e ainda conta com 1 convite para participar de um dossiê temático sobre AHSD a ser lançado em 2025 pela Revista Neurodiversidade.
Acesse www.institutoneurodiversidade.com/geahsd e adquira já a sua vaga! Lembrando que a pré-venda, com valor promocional, irá até 15 de março! Após este período, o valor será reajustado.
Você ou alguém da sua rede precisa de bolsa de estudos para conseguir participar do GEAHSD? Escreva para contato.ineurodiversidade@gmail.com que enviaremos informações sobre como conseguir desconto (válido para comprovação de baixa renda).
RESUMO
- Serão 9 aulas (março a novembro de 2024) sobre Altas Habilidades / Superdotação, com especialistas na área. Será liberada a gravação da aula no início do mês, através da Hotmart, juntamente com materiais complementares para estudo. Ao final do mês será realizada uma aula ao vivo para tirar dúvidas com o (a) professor (a) (via zoom, na última terça-feira de cada mês, das 19h30 às 20h30).
- Serão ofertados 3 módulos extras complementares ao longo do ano, envolvendo apenas aulas gravadas.
- As aulas terão a opção para ativar legendas, melhorando assim a acessibilidade do nosso grupo de estudos.
- Os encontros ao vivo serão gravados e ficarão disponíveis na Hotmart. Então, se você não puder estar presente no encontro (online e ao vivo), poderá acessar a gravação posteriormente.
- Haverá um chat em cada um dos módulos, para troca entre os alunos e a mediação da equipe do Instituto Neurodiversidade.
CRONOGRAMA E ESTRUTURA CURRICULAR
O que é Neurodiversidade e informações sobre o GEAHSD
Daniele Pendeza e Lucas Pontes
23.03.2024 – AULA INAUGURAL GRAVADA
26.03.2024 – AULA AO VIVO (ZOOM)
O que são Altas Habilidades / Superdotação: mitos e verdades
Denise Arantes Brero
01.04.2024 – AULA GRAVADA
30.04.2024 – AULA AO VIVO (ZOOM)
Teorias sobre Altas Habilidades / Superdotação
Patrícia Neumann
01.05.2024 – AULA GRAVADA
28.05.2024 – AULA AO VIVO (ZOOM)
Processo de identificação / avaliação
Camila Berrondo
01.06.2024 – AULA GRAVADA
25.06.2024 – AULA AO VIVO (ZOOM)
Dupla excepcionalidade
Tatiane Oliveira
01.07.2024 – AULA GRAVADA
30.07.2024 – AULA AO VIVO (ZOOM)
Relatos de vivências de pessoas com AHSD
Filipe Russo
01.08.2024 – AULA GRAVADA
27.08.2024 – AULA AO VIVO (ZOOM)
Áreas de capacidade
Daniele Pendeza e Lucas Pontes
01.09.2024 – AULA GRAVADA
24.09.2024 – AULA AO VIVO (ZOOM)
Adaptação escolar
Cami Veiga
01.10.2024 – AULA GRAVADA
29.10.2024 – AULA AO VIVO (ZOOM)
Visão da família
André Coneglian
01.11.2024 – AULA GRAVADA
26.11.2024 – AULA AO VIVO (ZOOM)
CUPOM PROMOCIONAL DE PRÉ-VENDA VÁLIDO ATÉ 05.03.2024
Por fim, é com alegria informamos que as inscrições para o grupo de estudos de 2024 estão abertas! Acesse no link abaixo:
www.institutoneurodiversidade.com/geahsd
Com um gesto de agradecimento por vocês fazerem parte das nossas comunidades expandidas, nós socializamos abaixo um cupom de 10% de desconto (válido até 05.03.2024):
LANCAMENTO10
Qualquer dúvida estamos à disposição, não hesite em entrar em contato com a equipe do Instituto Neurodiversidade por e-mail (contato.ineurodiversidade@gmail.com) ou pelo instagram (https://www.instagram.com/instituto.neurodiversidade/).
Avaliação: Neuropsicológica segundo a resolução do Conselho Federal de Psicologia 06/2019
“LAUDO PSICOLÓGICO – Conceito e finalidade
Art. 13 O laudo psicológico é o resultado de um processo de avaliação [neuro]psicológica, com finalidade de subsidiar decisões relacionadas ao contexto em que surgiu a demanda. Apresenta informações técnicas e científicas dos fenômenos psicológicos, considerando os condicionantes históricos e sociais da pessoa, grupo ou instituição atendida.
I – O laudo psicológico é uma peça de natureza e valor técnico-científico. Deve conter narrativa detalhada e didática, com precisão e harmonia, tornando-se acessível e compreensível ao destinatário, em conformidade com os preceitos do Código de Ética Profissional do Psicólogo.
II – Deve ser construído com base no registro documental elaborado pela(o) psicóloga(o), em conformidade com a Resolução CFP n.º 01/2009, ou outras que venham a alterá-la ou substituí-la, e na interpretação e análise dos dados obtidos por meio de métodos, técnicas e procedimentos reconhecidos cientificamente para uso na prática profissional, conforme Resolução CFP n.º 09/2018 ou outras que venham a alterá-la ou substituí-la.
III – Deve considerar a demanda, os procedimentos e o raciocínio técnico-científico da profissional, fundamentado teórica e tecnicamente, bem como suas conclusões e recomendações, considerando a natureza dinâmica e não cristalizada do seu objeto de estudo.
IV – O laudo psicológico deve apresentar os procedimentos e conclusões gerados pelo processo de avaliação psicológica, limitando-se a fornecer as informações necessárias e relacionadas à demanda e relatar: o encaminhamento, as intervenções, o diagnóstico, o prognóstico, a hipótese diagnóstica, a evolução do caso, orientação e/ou sugestão de projeto terapêutico.
V – Nos casos em que a(o) psicóloga(o) atue em equipes multiprofissionais, e havendo solicitação de um documento decorrente da avaliação, o laudo psicológico ou informações decorrentes da avaliação psicológica poderão compor um documento único.
VI – Na hipótese do inciso anterior, é indispensável que a(o) psicóloga(o) registre informações necessárias ao cumprimento dos objetivos da atuação multiprofissional, resguardando o caráter do documento como registro e a forma de avaliação em equipe.
VII – Deve-se considerar o sigilo profissional na elaboração do laudo psicológico em conjunto com equipe multiprofissional, conforme estabelece o Código de Ética Profissional do Psicólogo.
Estrutura
§ 1.º O laudo psicológico deve apresentar as informações da estrutura detalhada abaixo, em forma de itens.
I – O Laudo Psicológico é composto de seis itens:
a) Identificação;
b) Descrição da demanda;
c) Procedimento;
d) Análise;
e) Conclusão;
f) Referências.
Identificação
§ 2.º Neste item, a(o) psicóloga(o) deve fazer constar no documento:
I – Título: “Laudo Psicológico”;
II – Nome da pessoa ou instituição atendida: identificação do nome completo ou nome social completo e, quando necessário, outras informações sócio demográficas;
III – Nome do solicitante: identificação de quem solicitou o documento, especificando se a solicitação foi realizada pelo Poder Judiciário, por empresas, instituições públicas ou privadas, pela(o) própria(o) usuária(o) do processo de trabalho prestado ou por outras(os) interessadas(os);
IV – Finalidade: descrição da razão ou motivo do pedido;
V – Nome da(o) autora(or): identificação do nome completo ou nome social completo da(do) psicóloga(o) responsável pela construção do documento, com a respectiva inscrição no Conselho Regional de Psicologia.
Descrição da demanda
§ 3.º Neste item, a(o) psicóloga(o), autora(or) do documento, deve descrever as informações sobre o que motivou a busca pelo processo de trabalho prestado, indicando quem forneceu as informações e as demandas que levaram à solicitação do documento.
I – A descrição da demanda constitui requisito indispensável e deverá apresentar o raciocínio técnico-científico que justificará procedimentos utilizados, conforme o parágrafo 4.º deste artigo.
Procedimento
§ 4.º Neste item, a(o) psicóloga(o) autora(or) do laudo deve apresentar o raciocínio técnico-científico que justifica o processo de trabalho realizado pela(o) psicóloga(o) e os recursos técnico-científicos utilizados no processo de avaliação psicológica, especificando o referencial teórico metodológico que fundamentou suas análises, interpretações e conclusões.
I – Cumpre, à(ao) autora(or) do laudo, citar as pessoas ouvidas no processo de trabalho desenvolvido, as informações objetivas, o número de encontros e o tempo de duração do processo realizado.
II – Os procedimentos adotados devem ser pertinentes à complexidade do que está sendo demandado e a(o) psicóloga(o) deve atender à Resolução CFP n.º 09/2018, ou outras que venham a alterá-la ou substituí-la.
Análise
§ 5.º Nessa parte do documento, a(o) psicóloga(o) deve fazer uma exposição descritiva, metódica, objetiva e coerente com os dados colhidos e situações relacionadas à demanda em sua complexidade considerando a natureza dinâmica, não definitiva e não-cristalizada do seu objeto de estudo.
I – A análise não deve apresentar descrições literais das sessões ou atendimentos realizados, salvo quando tais descrições se justifiquem tecnicamente.
II – Nessa exposição, deve-se respeitar a fundamentação teórica que sustenta o instrumental técnico utilizado, bem como os princípios éticos e as questões relativas ao sigilo das informações. Somente deve ser relatado o que for necessário para responder a demanda, tal qual disposto no Código de Ética Profissional do Psicólogo.
III – A(o) psicóloga(o) não deve fazer afirmações sem sustentação em fatos ou teorias, devendo ter linguagem objetiva e precisa, especialmente quando se referir a dados de natureza subjetiva.
Conclusão
§ 6.º Neste item, a(o) psicóloga(o) autora(or) do laudo deve descrever suas conclusões a partir do que foi relatado na análise, considerando a natureza dinâmica e não cristalizada do seu objeto de estudo.
I – Na conclusão indicam-se os encaminhamentos e intervenções, diagnóstico, prognóstico e hipótese diagnóstica, evolução do caso, orientação ou sugestão de projeto terapêutico.
II – O documento deve ser encerrado com indicação do local, data de emissão, carimbo, em que conste nome completo ou nome social completo da(o) psicóloga(o), acrescido de sua inscrição profissional, com todas as laudas numeradas, rubricadas da primeira até a penúltima lauda, e a assinatura da(o) psicóloga(o) na última página.
III – É facultado à(ao) psicóloga(o) destacar, ao final do laudo, que este não poderá ser utilizado para fins diferentes do apontado no item de identificação, que possui caráter sigiloso, que se trata de documento extrajudicial e que não se responsabiliza pelo uso dado ao laudo por parte da pessoa, grupo ou instituição, após a sua entrega em entrevista devolutiva.
Referências
§ 7.º Na elaboração de laudos, é obrigatória a informação das fontes científicas ou referências bibliográficas utilizadas, em nota de rodapé, preferencialmente.
Comentários e Fundamentação:
Destaca-se o caráter específico do laudo psicológico, diferenciando-o do relatório psicológico. O laudo é fruto de um processo de avaliação psicológica diante de uma demanda específica e deve apresentar os itens descritos no § 1.º, com destaque para o procedimento conduzido, a análise realizada e a conclusão gerada a partir desse processo de avaliação. Em contrapartida, o relatório não envolve um processo de avaliação psicológica.
O registro documental, em conformidade com a Resolução CFP n.º 01/2009 e a Resolução CFP n.º 005/2010, inclui os “documentos produzidos pela(o) psicóloga(o) para o usuária(o)/instituição do serviço de psicologia prestado” e os “documentos resultantes da aplicação de instrumentos de avaliação psicológica”, a serem arquivados conforme determinado pelas resoluções citadas.
O título “Laudo Psicológico” deve ser usado independentemente da orientação ou especificidade teórico-metodológica do processo. Se quiser, o(a) psicólogo(a) poderá colocar um subtítulo especificando o processo, por exemplo, “Laudo Psicológico – Avaliação neuropsicológica”.
O laudo psicológico deve apresentar todos os itens da estrutura identificados separadamente.
Em Procedimento, é necessário explicitar os recursos usados, as fontes fundamentais e complementares usadas, segundo a Resolução CFP n.º 09/2018, com citação de sua base técnica-científica e uso de referências.
Conforme os incisos V, VI e VII, o laudo psicológico poderá compor um documento único com a equipe multiprofissional, caso as conclusões necessárias para responder à demanda inicial sejam derivadas da integração das avaliações individuais dos profissionais da equipe, ou seja, ultrapassando suas avaliações disciplinares e demandando a análise conjunta. Nesse caso, deve-se resguardar as práticas privativas da(o) psicóloga(o), assim como sigilo profissional, conforme o inciso VII, de forma que apenas estejam descritos os resultados necessários para que a análise integrada seja realizada. Todos os itens de Estrutura devem estar presentes. Ainda que alguns itens possam ser apresentados de forma conjunta no documento multiprofissional (tais como Identificação, Descrição da demanda, Conclusão e Referências), deve-se garantir a apresentação dos itens Procedimento e Análise com uma redação independente por parte da(o) psicóloga(o), pois eles fazem referência a métodos, técnicas e procedimentos específicos da(o) profissional psicóloga(o).
A conclusão deve estar em harmonia com os demais itens do Laudo psicológico. Nem todos os itens descritos no inciso I precisam estar descritos na Conclusão, porém, é necessário que seja apresentada uma conclusão a partir dos resultados e análise realizados e que alguma orientação de encaminhamento/intervenções ou diagnóstico/hipótese diagnóstica ou orientação/sugestão de projeto terapêutico seja oferecida.
A hipótese diagnóstica ou o diagnóstico devem ter base técnica-científica. A critério da(o) psicóloga(o), poderão ser usados documentos classificatórios mundialmente reconhecidos na área da saúde mental, tais como a Classificação Internacional das Doenças (CID) ou o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM) em suas edições mais atuais, bem como outras teorias reconhecidas na psicologia, desde que devidamente referenciadas. Deve-se consultar a legislação vigente a fim de garantir a escrita apropriada a demanda.
A citação de referências é obrigatória no Laudo Psicológico. Orienta-se que sejam colocadas em notas de rodapé a fim de que o documento seja finalizado com a data e assinatura do profissional. Não deve ser colocada em folha a parte, pois esta poderia ser destacada do conjunto do documento, o que o tornaria incompleto. Destaca-se que as referências, além de descritas em nota de rodapé, devem ser citadas ao longo do texto como usual em materiais técnico-científicos. Por exemplo, ao nomear um instrumento de avaliação usado, apresentar no texto a citação do manual com sobrenomes e data e, no local apropriado (nota de rodapé), apresentar a citação completa” (CFP, 2019, p. 23-28, grifos meus).
REFERÊNCIA
CFP – Conselho Federal de Psicologia. (2019). Resolução do Conselho Federal de Psicologia 06/2019 Comentada – Orientações sobre Elaboração de Documentos Escritos Produzidos pela(o) Psicóloga(o) no Exercício Profissional. Disponível em https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2019/09/Resolu%C3%A7%C3%A3o-CFP-n-06-2019-comentada.pdf.
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