Superproteção: Incapacidade Aprendida

Preguiçoso ou Impotente por Aprendizado?

Preguiçoso ou Impotente por Aprendizado?

Incapacidade aprendida significa uma condição ou comportamento onde a pessoa sofre uma sensação de impotência, emergente de um evento traumático ou falha persistente e em encontros subsequentes com o estímulo estressor se vê sem o instrumental necessário para lidar com a situação, acredita-se que tal morbidez seja umas das causas subjacentes à depressão. O indivíduo aprendeu uma incapacidade e muitas vezes não consegue identificar tal aprendizado, muitos menos traçá-lo até o trauma ou negligência originais e assim vive sua vida cheio de prejuízo, sofrendo acusações quanto a sua índole e conduta, não rara estigmatizada erroneamente como preguiçosa e de evitamento.

Superprotegido até a Imunodeficiência

Superprotegido até a Imunodeficiência

O Impotente por Aprendizado não consegue simular um controle sobre o resultado de uma situação e portanto entrega os pontos antes da partida começar. Quanto à Superproteção sabe-se bem do seu produto mais tradicional: os clássicos psicopatinhas que ridicularizam os parentes na fila do McDonalds só para anos mais tarde na adolescência digivolverem para pit-boys e folgados; a Superproteção não apenas pode inflar egos, ela pode também murchá-los até uma auto-estima bem baixa e quando se vê se está a um passo da Síndrome do Pânico, na jaula da Agorafobia e não muito longe do Suicídio. Mães e pais, avós e avôs, irmãs e irmãos, tios e tias não Superprotejam seus enteados até à Psicopatia, nem muito menos até à Imunodeficiência. Um mimozinho aqui e acolá para açucarar essa vida bandida rola, mas agora calma lá quando você retira o protagonismo de alguém ou quando confere ao mesmo o posto de intocável, nenhum de ambos delírios fará bem ao mesmo, muitos menos à sociedade; prejuízo generalizado aqui.

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Sobre Filipe Russo

Filipe Russo é indígena agênere da Associação Multiétnica Wyka Kwara, autore dos romances premiados Caro Jovem Adulto (2012; 2022) e Asfixia (2014), assim como vencedore do concurso artístico O Olhar em Tempos de Quarentena (2020) e de prêmios de excelência acadêmica em Inteligência Artificial, Psicologia, Gamificação, Empatia e Computação Afetiva (2021). Especialista em computação aplicada à educação pelo ICMC-USP (2022), licenciade em matemática pelo IME-USP (2020). Fundadore e editore do website SupereficienteMental.com (2013-), blog com mais de 180 publicações, dentre relatos pessoais, ensaios e entrevistas, sobre neurodiversidade e superdotação ou altas habilidades. Pesquisadore no grupo de estudos TransObjeto associado à PUC-SP e no grupo de pesquisa MatematiQueer associada à UFRJ. Coautore nas antologias poéticas Poesia Política: vote, Outros 500: Não queremos mais o quinhentismo, poETes: altas habilidades com poesia, Fotoescritos do Confinamento e recebeu menção honrosa pelo ensaio Desígnio de um corpo, na 4º edição do projeto Tem Livro Bolando na Mesa. Filipe possui aperfeiçoamento em Altas Habilidades ou Superdotação: Identificação e Atendimento Educacional Especializado pela UFPel e em Serviço de Atendimento Educacional Especializado pela UFSM (2022).
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