
Rejeição
Ser diagnosticado como superdotado o faz superdotado? Não. Ser diagnosticado como não superdotado o faz não superdotado? Não. Entretanto deve-se respeitar o valor das avaliações, procure sempre uma segunda opinião e saiba que nada pode legitimá-lo ou deslegitimá-lo, muito menos uma opinião profissional ou um atestado disso ou daquilo. Os instrumentos e seus utilizadores todos apresentam falhas e um grau maior ou menor de acurácia quanto a um ou outro critério discriminante arbitrário, mas para todos os efeitos não nos deteremos neste momento à validez ou invalidez e à assertividade ou inassertividade dos métodos avaliativos vigentes. Mas então por que buscar um diagnóstico? E o que fazer em caso de negatividade?

Solidão
Primeiro, alguns e digo a maioria, necessitam de comprovação experimental externa em termos mais ou menos rígidos para dar estruturação e conforto emocional às suas premissas pessoais. Agora, digamos que recebemos um não, você não pertence a uma minoria discriminada pela neurodiversidade e cheia de Comorbidades, SuperSensações, entre outras especificidades intrínsecas à classe cognitiva em questão. Você chegou até aqui devido a uma busca pessoal, para onde ir depende apenas de um capricho seu e não, não há problema algum em se questionar a própria identidade cognitiva, agora você já pode partir para outra autodescoberta e bem, talvez a suas questões não sejam tão distantes de nós ou de si.
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Sobre Filipe Russo
Filipe Russo é indígena agênere da Associação Multiétnica Wyka Kwara, autore dos romances premiados Caro Jovem Adulto (2012; 2022) e Asfixia (2014), assim como vencedore do concurso artístico O Olhar em Tempos de Quarentena (2020) e de prêmios de excelência acadêmica em Inteligência Artificial, Psicologia, Gamificação, Empatia e Computação Afetiva (2021). Especialista em computação aplicada à educação pelo ICMC-USP (2022), licenciade em matemática pelo IME-USP (2020). Fundadore e editore do website SupereficienteMental.com (2013-), blog com mais de 180 publicações, dentre relatos pessoais, ensaios e entrevistas, sobre neurodiversidade e superdotação ou altas habilidades. Pesquisadore no grupo de estudos TransObjeto associado à PUC-SP e no grupo de pesquisa MatematiQueer associada à UFRJ. Coautore nas antologias poéticas Poesia Política: vote, Outros 500: Não queremos mais o quinhentismo, poETes: altas habilidades com poesia, Fotoescritos do Confinamento e recebeu menção honrosa pelo ensaio Desígnio de um corpo, na 4º edição do projeto Tem Livro Bolando na Mesa. Filipe possui aperfeiçoamento em Altas Habilidades ou Superdotação: Identificação e Atendimento Educacional Especializado pela UFPel e em Serviço de Atendimento Educacional Especializado pela UFSM (2022).
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Os diagnósticos também podem deixar a pessoa estereotipada.Como sd eu tenho que ser y x e z.Eu fiquei meio assim e ainda sou. As vezes eu acho que isso de passar sem estudar foi para coloquei na cabeça que se eu ñ fizer isso ñ sou sd