Ansiedade, ânsia ou nervosismo configura um estado fisiológico do ser humano composto por aspectos cognitivos e emocionais, somáticos e comportamentais. Emerge portanto uma emoção caracterizada por um estado de turbulência interior, marcada por sensações corporais desagradáveis, tais como vazio no estômago, tonturas, dores de cabeça, secura na boca e lábios, nó na garganta, coração batendo rápido, medo intenso, aperto no tórax, transpiração, entre outras alterações associadas à disfunção do sistema nervoso autônomo. Tipicamente na soma dos sintomas se reconhece o medo, a apreensão e a preocupação.
A ansiedade não configura em si uma condição patológica, mas sim uma característica natural, normal e inalienavelmente humana, apenas quando agregada a um prejuízo funcional regular pode-se então associá-la a um quadro clínico propriamente dito. Em dado caso aconselha-se entender de um modo ou de outro as causas subjacentes e os gatilhos que desencadeiam as erupções, ou seja, as crises em si, recomenda-se portanto o auxílio profissional seja de um psicólogo em primeira instância, seja de um psiquiatra em situações dramáticas. Mais vale não se envergonhar dos sintomas e buscar ajuda do que preservar uma imagem pública socialmente aceitável, não há razões plausíveis para se deixar lesar pela mesquinhez social quando a sua saúde física e psíquica estão em jogo, aliás prefiro nunca deixar a minha vida na mão da tirania alheia, ao apontar o dedo para alguém há sempre três apontando de volta e por mais que ainda haja muito estigma ao redor das questões psicológicas e psiquiátricas se faz justamente ainda mais necessário desconstruir, ressignificar e empoderar o indivíduo portador de uma condição neurodiversa ou mesmo clínica.
Agora eu percebo o quão prejudicial me é a ansiedade.
Ser-me-á então a saída lutar de CORPO (aspecto extremamente necessário nessa causa) e alma contra todo o tipo de fragilização que essa harpia mental me trouxe. Ou aceitar a condição que o mundo deixou-me a mim.
Oh céus, que sensação irremediável fui deixado, onde não posso me aproximar da escola sem meu estômago ser revirar completamente, ou passar alguns minutos numa situação social sem estalar os dedos, ou fazer grunhidos baixos com a boca enquanto penso. (rs) ou não ficar completamente ansioso e desarmado quando uma pessoa passa por trás de mim ou faz um barulho simples sem que eu tenha que me atentar e ficar assustado.
Me certifico que meu corpo é um tempestuoso forte, garanto-me que meus braços serão a pulsão necessária do sangue que pulsa em mim e vai de encontro ao veneno atencioso, não me resta duvidas que minha perna é a base de toda a segurança que preciso para segurar a lança da mortificação que se aproxima, é a semente do avanço anti-som que se aproxima vagarosamente á nossa luz que não brilhará mais.
Mas ao final de toda essa necessidade de comprovação e olhares de ”dê-me o que você tem, É O MÍNIMO QUE VOCÊ PODE FAZER” existe uma pergunta que eu, infelizmente, quero sempre fazer…Afinal…Qual é a necessidade de tudo isso?
A paz sempre existiu…ou nunca existirá.
Irei sugar tudo e desaparecer ou ficarei aqui para sempre sem jamais estado em qualquer lugar.