A xenofobia neurocognitiva se manifesta quando há ou se supõe uma neurodiversidade entre dados indivíduos, seu usuário a utiliza para sobrepujar o outro. Numa visão vertical e verticalizante se ridiculariza o dito inferior humilhando-o com esnobismo, já quando frente ao dito superior tenta-se reduzí-lo socialmente com acusações de arrogância e pedantismo. Ou seja, um indivíduo infeliz consigo mesmo, ou pior, infeliz com a não infelicidade do outro se propõe a arruiná-lo ativamente com perseguição ou passivamente com agressividade gratuita.
Numa visão horizontal e horizontalizante ainda há manifestações não tão claras, mas já observáveis de xenofobia neurocognitiva. Neste caso o praticante acusa a vítima de autoritarismo, paternalidade e até mesmo de opressor expondo um suposto plano de ascensão hierárquica e autocrática. Desnecessário frisar o caráter invejoso e imaturo de um xenofóbico neurocognitivo, o mesmo por não possuir instrumental para lidar com suas questões ou desinteressado de utilizá-lo dá vazão a sua energia mal elaborada na forma de violência contra o outro, não raro um superdotado.
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Olá, Filipe, sou pesquisadora em Superdotação e Altas Habilidades. Gostei de seus textos. Entendi que era neurodiversa aos 48 anos, depois de uma vida inteira sentindo-me mal… Mas, antes tarde do que nunca, né? Agora estou voando mais leve! Grata.
Sim, nunca é tarde para ser livre, feliz, descoberto e/ou prestigiado, nunca é tarde para correr atrás de se realizar também. Que tal escrever um relato pessoal contando para nós a sua história de vida no que pertinente ao desencaixe e o reconhecimento como neurodiversa?