Supereficiente Mental: Ninguém nasce com consciência de sua própria superdotação, contextualize para nós a descoberta da sua.
Luiz Sincaruk: Fui diagnosticado aos 11 anos de idade, se é que essa é a palavra certa, mas desde os 8 percebia que tinha um raciocínio mais rápido.
SM: Quais são suas áreas de alta habilidade?
Luiz: Sensibilidade artística, mecânica de construção, capacidade acadêmica. Não lembro ao certo, faz algum tempo que não vejo o documento da Apahsd.
SM: Participaste de alguma iniciativa de apoio aos alto habilidosos? Em caso positivo fale um pouco mais sobre essa experiência, em caso negativo por que não?!
Luiz: Não. Gostaria, mas é um tanto complicado achá-los. Além disso, não saberia como ajudar, se for o caso.
SM: Fazes uso de algum aconselhamento psicopedagógico? Em caso positivo fale como isso funciona para você.
Luiz: Não. A minha educação não foi diferente da de ninguém.
SM: Conte sobre como surgiu a idéia e oportunidade de concorrer ao 2º Prêmio Experiências Educacionais Inclusivas: A Escola Aprendendo com a Diferença.
Luiz: Pois bem, na verdade foi sugestão da moça que trabalha na educação especial aqui da região, Mirian Fischer para entrar nesse concurso. Teve cara de ser underground o concurso, e na realidade foi, apesar das mordomias e tudo o mais. Enfim, foi uma ótima experiência e uma surpresa, porque nós mesmos tinhamos esquecido do concurso.
SM: Comente um pouco sobre sua dissertação para o concurso.
Luiz: Na verdade, foi um relato na forma de narrativa rsrs. Então, é muito comum vermos que pessoas parecidas tendem a se tornar amigas, mas na classe conde estudei aconteceu algo diferente: pessoas com personalidade muito diferentes se davam super bem. Assim como qualquer outro superdotado, fui considerado diferente em algumas etapas da vida, mas naquela turma, o diferente era comum. Minha superdotação não era mais vista como um motivo de marginalização, ou um motivo de colocar as coisas em um pedestal, mas como parte de minha personalidade, nada mais e nada menos. Esse novo modo de se ver as coisas, foi o melhor de todos. Basicamente esse fora o tema do texto.
SM: Quais são suas perspectivas acadêmicas e profissionais de agora em diante?
Luiz: Estou estudando para passar em um vestibular de medicina. Gostaria de trabalhar como cientista em alguma área biológica.
SM: Algum lema motivacional?
Luiz: Muitas vezes você vai acabar se sentindo sozinho, mas saiba que junto com você, milhares também estão. A vida não é fácil, ser derrubado é uma das coisas mais comuns que vão acontecer, mas cabe a você usar suas forças de maneira correta para se levantar, e mesmo assim acabará caindo, mas antes isso do que ser pisoteado no chão. O importante é procurar estar bem consigo mesmo, pois se você se sentir como um merda, as pessoas de que você não gosta ganham. (Não é de minha autoria)
SM: Algum recado pra galera?
Luiz: Se algum amigo, ou conhecido estiver lendo isso, quero que se lembre do negócio. Para os leitores em geral: Procurem ter empatia com as pessoas, independente da capacidade mental, ou outro requisito do tipo. Valeu.