Entende-se por EAD (Educação à Distância) uma modalidade educacional mediada por tecnologias em que discentes e docentes estão separados espacial e/ou temporalmente, ou seja, não estão ambos simultaneamente em um ambiente presencial de ensino-aprendizagem. Um dos primeiros casos de que se tem notícia remete a 1833 na Suécia com um curso de contabilidade, em 1856 surgiu um instituto com ensino de línguas à distância na Alemanha. Já no Brasil em 1992, foi criada a Universidade Aberta de Brasília (Lei 403/92), podendo atingir três campos distintos: a ampliação do conhecimento cultural com a organização de cursos específicos de acesso a todos, a educação continuada, reciclagem profissional às diversas categorias de trabalhadores e àqueles que já passaram pela universidade; e o ensino superior, englobando tanto a graduação como a pós-graduação.
Com o advento do computador pessoal e da internet ficou cada vez mais fácil para o superdotado ter acesso ao conhecimento de seu interesse, não ficando portanto dependente do orçamento doméstico nem da diversidade bibliográfica disponível nas bibliotecas locais. Agora, o neurodiverso possui uma alternativa ao dia-a-dia universitário, podendo optar por ficar em casa e aplicar sozinho seu comprometimento à tarefa, assim muitos encontram solução para as dificuldades adaptativas seja relativas ao convívio social ou a burocracia metodológica da didática apresentada em aula. Contornar estruturas de poder e comorbidades já consome bastante energia, muitas vezes mais do que pensávamos que tínhamos à disposição, não está na hora de considerarmos a Educação à Distância?